ATUALIDADES

11/02/2021

NÃO AO ABORTO SIM À VIDA

Nós, católicos, temos o dever moral, o dever ético, o dever cristão de dizer "não" ao aborto, de dizer "sim" à vida.  

PASCOM MATRIZ DE SANTO ANDRÉ - SP
POR CECÍLIA SARINHO
DE SANTO ANDRÉ - SP

O ano de 2020, já marcado por tantas perdas e tanta dor, terminou com a triste notícia da legalização do aborto pelo Senado da Argentina.

Após 12 horas de debate, o texto de lei que permite às mulheres a interrupção da gravidez até a 14ª semana de gestação foi aprovado por 38 votos a favor contra 29 que lutaram pela defesa da vida, na madrugada de 30 de dezembro. Houve, ainda, uma abstenção. Houve quem se calasse, quem não se sentisse forte o suficiente para dizer não a um crime contra a vida.

A Câmara dos Deputados já havia aprovado o texto legal em 11 de dezembro, com 131 votos a favor, 117 contrários e 6 abstenções.

Infelizmente, a Argentina não está sozinha. O país foi o 67º a aprovar a legalização do aborto.

É doloroso saber que uma mãe pode escolher matar seu próprio filho até a 14ª semana de gestação.

A vida do feto deve ser preservada desde o primeiro segundo de vida. O que dizer de um bebê com 14 semanas? Como se tem coragem de interromper a vida de um bebê simplesmente porque não se quer aquela criança?

Muito se argumenta ao dizer que "a mulher é dona do seu corpo". É verdade - a mulher é dona do seu próprio corpo. No entanto, as mesmas pessoas que defendem essa ideia parecem se esquecer que ela não é dona da vida que carrega em seu ventre.

Há posicionamentos absurdos que justificam que a vida se iniciaria após uma idade avançada de gestação. De forma ainda mais incoerente, há até mesmo quem diga que a vida deve ser considerada somente após o nascimento. E como se explicar o desenvolvimento do embrião, do feto, se não através da vida?

Após as 14 semanas de gestação, o aborto ainda é permitido na Argentina em outros dois casos: quando há risco de vida da gestante, bem como quando a gestação é resultante de estupro. Essas duas hipóteses são contempladas igualmente em nosso Código Penal, autorizando a realização do aborto. Além dessas, em decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal em 2012, passou a ser legal o aborto do feto com anencefalia.

Foi triste ver tantas mulheres, das mais diferentes idades - desde jovens até uma ativista de 91 anos - comemorando em praça pública sua "conquista" como se fosse um título do futebol mundial. A referida senhora afirmou que o aborto sempre existiu na Argentina e agora "saiu do armário".

Lamentavelmente, uma grande parcela da população brasileira defende a mesma ideia e luta para que lei semelhante seja aprovada pelo nosso Congresso Nacional. Não faltam manifestações e projetos de lei nesse sentido.

Não faltam vozes batendo na mesma tecla de se ter a "liberdade" sobre o próprio corpo, além de defenderem a segurança e a saúde das mulheres, uma vez que são "obrigadas" a fazer abortos clandestinos.

Não. Elas não são obrigadas a fazer abortos clandestinos. Elas são obrigadas a preservar a vida dos filhos que carregam em seus ventres. Elas são obrigadas a cuidar da própria saúde e da saúde da vida que estão gerando.

Nós, católicos, temos o dever moral, o dever ético, o dever cristão de dizer "não" ao aborto, de dizer "sim" à vida.

"Escolhe, pois, a vida". (Dt 30,19)

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