São João Batista Scalabrini 01/06/1905
João Batista Scalabrini foi canonizado pelo Papa Francisco no dia 9 de outubro de 2022, em Roma. Ele é agora oficialmente reconhecido como santo pela Igreja Católica.
Scalabrini foi um bispo italiano profundamente comprometido com a causa dos migrantes. Fundador da Congregação dos Missionários de São Carlos (os Scalabrinianos), Ele dedicou sua vida a acolher e proteger aqueles que eram forçados a deixar suas terras em busca de uma vida melhor.
São João Batista Scalabrini nasceu em 8 de julho de 1839, em Fino Mornasco, na Itália. Foi ordenado sacerdote em 1863 e, aos 36 anos, tornou-se bispo de Piacenza. Ficou conhecido por seu zelo pastoral, especialmente por visitar pessoalmente todas as 365 paróquias da diocese — muitas delas em regiões montanhosas de difícil acesso.
Ele foi um grande defensor da catequese, fundando escolas, revistas e promovendo congressos sobre o tema. Por isso, o Papa Pio IX o chamou de "Apóstolo do Catecismo".
Movido pela situação dos migrantes italianos, fundou em 1887 a Congregação dos Missionários de São Carlos (Scalabrinianos) e, mais tarde, as Missionárias de São Carlos, além de uma associação laical para apoio aos migrantes. Visitou comunidades de emigrantes nos Estados Unidos e no Brasil, sempre com o lema de "fazer-se tudo para todos".
Faleceu em 1º de junho de 1905. Sua memória litúrgica é celebrada no dia 1º de junho.
A Congregação dos Missionários de São Carlos (Scalabrinianos) teve um papel fundamental na fundação da Paróquia Matriz de Santo André. A capela local foi erigida canonicamente em 21 de maio de 1910 e abençoada poucos dias depois, em 30 de maio, pelo padre Francisco Dolci. A paróquia foi oficialmente criada em 21 de dezembro de 1911 por Dom Duarte Leopoldo e Silva, então arcebispo de São Paulo, e confiada aos cuidados dos Scalabrinianos.
O primeiro vigário nomeado foi o Pe. Luiz Capra, em janeiro de 1912, e ele foi responsável pela construção da primeira igreja, inaugurada em 25 de março de 1914. Desde então, os missionários scalabrinianos atuaram por décadas na região, especialmente no acolhimento de imigrantes — inicialmente italianos, e mais tarde também latino-americanos, haitianos, africanos e sírios.